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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto:  https://autorescampistas.blogspot.com/

 

MILTON NUNES LOUREIRO
( BRASIL  - RIO DE JANEIRO )

 

Nasceu em Campos, em 9 de junho de 1923, e faleceu, em 31 de janeiro de 2011, aos 87 anos.
Foi presidente da União Brasileira de Trovadores – seção Niterói. Advogado, jornalista e profissional de relações públicas. Pertenceu às Academias Niteroiense de Letras e Brasileira de Trova, Fluminense de Letras,  Internacional de Heráldica e Genealogia de Uruguaiana, Internacional de Letras Três Fronteiras, Centro Cultural Literário e Artístico de Filgueiras (Portugal),  Ateneu Angrense de Letras e Artes entre outras.

Recebeu o título de Cidadão Honorário dos municípios fluminenses de Niterói, Cantagalo, São Gonçalo, Petrópolis, Cabo Frio e Teresópolis, além de Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro. Foi agraciado com a ‘Comenda de Ordem ao Mérito Araribóia’ e com as seguintes medalhas: ‘do Mérito policial’, ‘José Cândido de Carvalho’, ‘José Clemente Pereira’, ‘Oswaldo Cruz’ e ‘Jubileu de Ouro da Academia Niteroiense de Letras’. Trabalhou como noticiarista e repórter em várias rádios e emissoras de televisão.

Obra:
Dos sonhos Brotaram os versos – 1976;  Sonetos de Outono – 1990; Varanda de Sonhos – 1992.
 


REVISTA DA ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS.  Edição Especial 2003.   Impressão: Folha Carioca Editora Ltda.  112 p.  
Ex. bibl. de Antonio Miranda
 

 

Cicatriz

Um dia, alguém, chegando à minha porta,
Abriu-a lentamente, toda, inteira.
E no reviver uma esperança morta,
Trouxe-me a crença da vez primeira.

Porém, meu Deus, foi breve, passageira,
Essa alegria que o meu ser exorta.
Se um dia amei sem medo e sem fronteira,
Hoje a existência nem sequer me importa.

Prossigo triste no final da lida,
Ao ver quando ingrata foi a vida,
Nestas saudades de quem não me quis.

Por isto, eu trago na alma, hoje deserta,
Um gesto amargo de ferida aberta,
Que eu não ouso chamar de cicatriz.



Solidão

Espera um pouco minha solidão.
Eu quero muito conversar contigo
Para mostrar-te um pobre coração
Que transformaste no mais triste abrigo.

Segura minha mão e vem comigo,
Trago ternura, amor, compreensão.
Apesar dos pesares sou amigo
E mais que teu amigo, teu irmão.

Para que nunca mais andes sozinha,
Quero que juntes tua mão à minha
Elevando ao Senhor nossa oração.

E o nosso entardecer será mais branco
E quem depois te vir dirá sonhando:
Não é mais solitária a solidão!...

 

*

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Página publicada em novembro de 2023

 


 

 

 
 
 
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